O Dia das Mães se aproxima, e para quem está vivenciando a experiência do primeiro filho, a data ganha um significado extra. Afinal, junto de todas as alegrias e novidades, é normal que a mãe de primeira viagem tenha muitas dúvidas e se depare com desafios que nem sempre são muito comentados.
Manter o bebê saudável, se adaptar à nova rotina e ainda dar conta de manter a tranquilidade pode parecer uma missão impossível, sobretudo nas primeiras semanas. A boa notícia é que a maioria dos percalços envolve pedir ajuda, ajustar expectativas e respeitar os próprios limites.
Neste post vamos falar sobre cinco temas práticos que costumam preocupar pais e mães de primeira viagem. Confira o conteúdo que selecionamos e lembre-se que cada família encontra seu próprio ritmo. Portanto, focar no que funciona para você e seu bebê é o que realmente importa. 💖🤱✨
5 questões que facilitam a jornada da mãe de primeira viagem
1) Buscar ajuda na amamentação
A OMS aponta o leite materno como alimento exclusivo ideal até os seis meses e recomendado, em menor proporção, até os dois anos. Na prática, porém, nem toda mãe de primeira viagem consegue amamentar sem percalços: mamilos planos ou invertidos, fissuras dolorosas e pega incorreta do bebê são obstáculos frequentes nos primeiros dias.
Se estiver enfrentando dificuldades, procure apoio. Ter alguém experiente por perto faz toda a diferença e pode trazer mais segurança nesse início. Nesse sentido, enfermeiras, consultoras em amamentação, pediatras ou doulas podem ajudar com orientações, técnicas e até soluções práticas para tornar a amamentação mais confortável.
E se, mesmo com toda a ajuda, amamentar não for possível da forma esperada, lembre-se: isso não define sua capacidade como mãe. Cada experiência é única, e o mais importante é que o bebê esteja bem alimentado e você se sinta tranquila com suas escolhas.
2) Aproveitar cada oportunidade para dormir
Nos primeiros meses o relógio gira em torno do bebê: mamadas a cada poucas horas, trocas de fraldas, banhos, colo para embalar o sono e, muitas vezes, visitas querendo conhecer o recém‑nascido. Para a mãe de primeira viagem, a rotina vira uma maratona sem hora para acabar.
Nessa fase, dormir passa de luxo a necessidade básica. Sempre que o bebê cochilar, resista à tentação de “adiantar” tarefas da casa e deite também, mesmo que seja um sono rápido de vinte minutos. Esses intervalos curtos somados ao longo do dia ajudam a repor energia, manter o humor estável e reduzir o risco de exaustão.
3) Reconhecer que a rede de apoio é fundamental
Cuidar de um recém-nascido pode trazer sensação de sobrecarga, e contar com uma rede de apoio sólida é essencial para aliviar o isolamento e o estresse. Ter pessoas de confiança, como parceiro, familiares, amigos ou até grupos de apoio, oferece um espaço seguro para desabafar e compartilhar sentimentos e desafios.
Dividir responsabilidades, como trocar fraldas ou alimentar o bebê, garante à mãe momentos de descanso e autocuidado, além de aumentar sua confiança nas novas funções. Da mesma forma, o apoio constante de quem já passou pela experiência também ajuda a esclarecer dúvidas e a lidar com a insegurança.
Formar uma rede de apoio pode começar com uma conversa sincera com familiares e amigos sobre as necessidades da mãe e o que ela espera de ajuda. Além disso, se houver condições financeiras, não hesite em contar com o apoio de profissionais como babás ou consultores de amamentação.
Em resumo, estar aberta a pedir ajuda e compartilhar o que sente torna o processo mais leve e acolhedor, criando um ambiente mais equilibrado durante a maternidade.
4) Usar o filtro e evitar comparações
Como falamos, a rede de apoio é fundamental. Ao mesmo tempo, é importante filtrar os conselhos: ou seja, o que funcionou para outra mãe de primeira viagem nem sempre se aplica a você.
Por isso, avalie cada conselho antes de colocar em prática. Se a orientação entrar em conflito com o que você sente ou com as recomendações do pediatra, confie no seu instinto e descarte o palpite sem culpa.
Também fuja de comparações, sobretudo nas redes sociais, onde recortes de “maternidade perfeita” costumam dominar o feed. Medir seu progresso pelo padrão alheio só aumenta a ansiedade. Concentre‑se no que funciona para você e no bem‑estar do seu bebê.
5) Entender o puerpério
O puerpério, também chamado de resguardo, é o período de cerca de 45 dias após o parto em que o corpo materno começa a voltar ao estado pré‑gravidez. Nesse intervalo ocorrem ajustes físicos e emocionais intensos.
A queda brusca de hormônios pode abrir espaço para tristeza passageira. Os sintomas mais comuns incluem expectativas irreais, insegurança sobre cuidar do bebê e insatisfação com o novo corpo.
Mães de primeira viagem, em especial, podem sentir culpa ou inadequação ao lidar com tarefas simples, como pegar o bebê no colo. Ver o corpo mudado também pode pesar na autoestima, reforçando o desconforto emocional. Da mesma forma, a falta de rede de apoio, sobrecarga e críticas agravam o quadro.
Assim, reconhecer essas pressões, pedir ajuda e dar tempo ao próprio corpo são passos decisivos para atravessar o puerpério com mais equilíbrio.
Por fim, saiba que cada jornada materna é única, mas compartilhar desafios e soluções torna o caminho menos solitário.
Alguma dessas cinco questões que compartilhamos aqui ajudou você? Lembrou de alguma dica valiosa para auxiliar uma mãe de primeira viagem? Compartilhe conosco nos comentários!
* Leia também aqui no blog o post Cuidados com bebês prematuros: 7 orientações que pais e cuidadores devem conhecer.