O dia 26 de abril marca o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, uma data fundamental para conscientizar a população sobre os riscos da pressão alta. Apesar de ser uma condição muito comum, a hipertensão muitas vezes não apresenta sintomas claros, o que a torna ainda mais perigosa.
Segundo o Ministério da Saúde, 28% dos brasileiros são hipertensos. Esse dado alarmante mostra a importância de falar abertamente sobre a doença, seus fatores de risco e as formas de prevenção.
A boa notícia é que, embora não tenha cura, a hipertensão pode ser controlada. Quando tratada corretamente, é possível evitar complicações graves como infarto, AVC e insuficiência renal. A seguir, reunimos nove informações essenciais que vão ajudar você a compreender melhor essa condição e prevenir o seu desenvolvimento.
9 fatos que você precisa saber sobre hipertensão arterial
1) O que configura pressão alta
A hipertensão arterial é diagnosticada quando a pressão, medida em diferentes momentos, está igual ou acima de 14 por 9 (140 x 90 mmHg). Isso ocorre quando os vasos sanguíneos ficam mais contraídos ou estreitos, dificultando a passagem do sangue e elevando a força necessária para o coração bombeá-lo.
Essa elevação contínua da pressão pode danificar os vasos sanguíneos e diversos órgãos do corpo ao longo do tempo. Por isso, o controle da pressão arterial é fundamental, mesmo que o paciente não sinta nenhum sintoma.
2) A hipertensão arterial não escolhe idade
Embora seja mais comum na idade adulta, a hipertensão também pode afetar crianças e adolescentes, especialmente quando há histórico familiar da doença ou fatores de risco como obesidade e sedentarismo.
Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a hipertensão. Por isso, pessoas acima de 20 anos de idade devem medir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver casos de pessoas com pressão alta na família, deve-se medir no mínimo duas vezes por ano.
3) O que causa a pressão alta
Grande parte dos casos de hipertensão tem origem genética. Ou seja, quem tem pai, mãe ou ambos com pressão alta, tem maior probabilidade de desenvolver a doença ao longo da vida. No entanto, fatores ambientais e comportamentais também desempenham um papel importante, como:
- Consumo excessivo de sal;
- Ingestão frequente de álcool;
- Obesidade;
- Estilo de vida sedentário;
- Estresse crônico.
Por isso, hábitos saudáveis são fundamentais na prevenção e também no tratamento da doença.
4) A hipertensão pode ser controlada
A hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada com medicamentos e mudanças no estilo de vida. O tratamento é contínuo e o paciente deve segui-lo por toda a vida. Entre as práticas mais recomendadas para manter a pressão sob controle estão:
- Uso correto dos remédios prescritos;
- Alimentação balanceada, com pouco sal e gordura;
- Prática regular de atividades físicas;
- Evitar álcool e tabaco;
- Dormir bem e gerenciar o estresse.
É importante lembrar que o abandono do tratamento pode causar picos de pressão e aumentar os riscos de complicações.
5) O papel do sal na pressão alta
O excesso de sal é um dos principais vilões da hipertensão. O sal faz com que o corpo retenha mais líquidos, o que aumenta o volume de sangue e, consequentemente, a pressão arterial. Não é necessário cortar o sal completamente, mas é essencial evitar exageros. Veja alguns cuidados:
- Não adicionar sal à comida pronta;
- Reduzir o consumo de alimentos industrializados, como embutidos, conservas e molhos prontos;
- Ficar atento aos produtos “zero açúcar”, que muitas vezes têm alto teor de sódio.
O ideal é preferir temperos naturais, como alho, cebola, limão e ervas aromáticas, para dar sabor aos alimentos.
6) Sintomas da hipertensão arterial
Na maioria dos casos, a hipertensão não apresenta sintomas, o que a torna uma “inimiga silenciosa”. Em alguns momentos, porém, podem ocorrer sinais como:
- Dor de cabeça;
- Tontura;
- Zumbido no ouvido;
- Mal-estar.
Mas atenção: a ausência de sintomas não significa que está tudo bem. A única forma segura de saber se a pressão está normal é fazendo a medição com frequência.
7) Como verificar a pressão
A medição da pressão arterial pode ser feita em casa, desde que com o equipamento adequado e seguindo orientações corretas. Veja algumas dicas:
- Estar em ambiente calmo;
- Repousar por pelo menos 5 minutos;
- Sentar-se com as costas apoiadas e os pés no chão;
- Manter o braço apoiado na altura do coração;
- Evitar café, cigarro e alimentos 30 minutos antes;
- A bexiga deve estar vazia.
8) Complicações da hipertensão arterial
A pressão alta ataca os vasos sanguíneos. Ou seja, quando o sangue circula com pressão muito alta, os vasos se tornam endurecidos e estreitados e podem, com o passar dos anos, entupir ou romper.
Quando isso acontece no coração, pode ocasionar infarto. No cérebro, leva ao derrame cerebral ou AVC. Nos rins, pode levar à paralisação dos órgãos. Todas essas situações são muito graves, mas passíveis de prevenção com o tratamento adequado.
9) A hipertensão do avental branco
Algumas pessoas apresentam pressão alta apenas em ambientes médicos. Esse fenômeno é chamado de Hipertensão do Avental Branco e pode gerar confusão no diagnóstico. Portanto, para diferenciar, o médico pode solicitar:
- Medição domiciliar da pressão;
- Monitorização ambulatorial de 24 horas (MAPA), que oferece um panorama mais preciso da pressão ao longo do dia.
Esse cuidado evita o uso desnecessário de medicamentos e garante um tratamento mais eficaz.
Em resumo, a hipertensão arterial é um desafio que exige atenção constante, mas que pode ser vencido com informação, disciplina e cuidado diário. Agora que você já conhece os principais pontos sobre essa doença silenciosa, que tal refletir sobre sua rotina e o que pode ser ajustado para reduzir os riscos?
Aliás, você já teve sua pressão medida nos últimos meses? Conhecia todos esses fatos sobre a hipertensão? Compartilhe sua experiência conosco aqui nos comentários!
* Confira também aqui no blog o post Como prevenir a pressão alta? Veja as principais recomendações.
** Com informações de Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Hipertensão.