O Dia das Crianças é sempre um momento especial! Afinal, familiares e amigos adoram surpreender os pequenos com presentes que trazem alegria, diversão e também aprendizado. Porém, diante de tantas opções disponíveis nas lojas, pode ser difícil escolher o brinquedo ideal por faixa etária.
É importante lembrar que, além de entreter, o brinquedo tem um papel essencial no desenvolvimento infantil, ajudando a estimular a coordenação motora, a imaginação, a socialização e até o raciocínio lógico. E como cada fase da infância pede tipos diferentes de estímulos, a escolha deve ser feita com cuidado.
Para ajudar nessa missão, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) divulgou uma lista de recomendações que indicam quais brinquedos são mais indicados para cada idade.
Neste texto, vamos apresentar essas orientações, mostrar como cada brincadeira contribui para o crescimento da criança e trazer dicas práticas para acertar na escolha do brinquedo ideal por faixa etária!
Por que considerar a idade na hora de escolher o brinquedo?
Como já mencionamos, brinquedos não são apenas objetos de diversão: também funcionam como ferramentas educativas que ajudam as crianças a entender o mundo ao seu redor.
Por exemplo, quando um bebê sacode um chocalho, ele começa a perceber a relação entre ação e reação. Já uma criança de cinco anos que brinca de faz-de-conta está desenvolvendo criatividade, empatia e habilidades sociais.
No entanto, quando o brinquedo não é adequado para a idade, pode trazer riscos. Peças pequenas podem ser engolidas por bebês, enquanto brinquedos muito simples podem entediar crianças maiores, que precisam de desafios.
Por isso, seguir as orientações de órgãos como o Inmetro é essencial para garantir segurança e estimular o desenvolvimento saudável.
Primeiros estímulos: brinquedos para bebês de colo e engatinhando
Desde o nascimento, os bebês são sensíveis ao ambiente e aprendem com estímulos de olfato, paladar, som, tato e visão. Nessa fase, o ideal é oferecer brinquedos que ajudem a explorar os sentidos.
- Sugestões: chocalhos, móbiles coloridos, brinquedos com guizos, bonecas de tecido e bichinhos de pelúcia atóxicos. Esses itens chamam a atenção com sons, cores e texturas, despertando a curiosidade natural do bebê.
- O que observar: priorize brinquedos com costuras firmes, sem partes destacáveis e feitos de materiais macios e laváveis. Tudo deve ser livre de substâncias tóxicas, já que os pequenos costumam levar os objetos à boca.
- Benefícios: ajudam o bebê a reconhecer formas, sons e texturas, além de estimular a coordenação dos primeiros movimentos e fortalecer o vínculo com quem brinca junto.
Até 18 meses: descobertas com texturas, cores e sons
Com o avanço do desenvolvimento, os bebês começam a sentar, engatinhar e dar os primeiros passos. É o momento de oferecer brinquedos que desafiem suas novas habilidades.
- Sugestões: cubos com guizos, copos e caixas de encaixar, argolas empilháveis, brinquedos flutuantes para banho, carrinhos de puxar e brinquedos de montar simples. Eles incentivam a experimentação e a coordenação.
- O que observar: escolha peças grandes, sem pontas ou arestas cortantes e de cores vivas, que chamem a atenção visual da criança.
- Benefícios: favorecem o equilíbrio, a coordenação motora fina, a noção de causa e efeito e a concentração nas primeiras atividades mais elaboradas.
De 18 a 36 meses: energia e movimento em cada brincadeira
Essa é a fase da energia sem fim! As crianças pequenas estão sempre em movimento e precisam de brinquedos que acompanhem esse ritmo.
- Sugestões: bolas, carrinhos grandes, brinquedos infláveis, caixas de areia, fantasias, bonecas, blocos de montar e instrumentos musicais simples (pandeiros, tambores, teclados infantis).
- O que observar: prefira brinquedos robustos, que resistam às quedas e ao uso intenso, já que os pequenos tendem a explorar com força e repetição.
- Benefícios: estimulam a imaginação, a coordenação olho-mão, o equilíbrio físico, a expressão artística e até a musicalidade, incentivando diferentes formas de se comunicar.
Pré-escola (3 a 6 anos): o faz de conta e a imaginação em alta
Nesse período, o faz-de-conta ganha destaque. A criança começa a reproduzir situações do cotidiano e criar histórias cheias de fantasia.
- Sugestões: casas de boneca, fantoches, fantasias, miniaturas de cidades, fazendas ou postos de gasolina, bonecos articulados, veículos de brinquedo e a primeira bicicleta com rodinhas.
- O que observar: opte por brinquedos que permitam interação em grupo e estimulem a imaginação. Brincadeiras coletivas fortalecem a cooperação e o respeito às diferenças.
- Benefícios: desenvolvem a criatividade, a capacidade de resolver problemas, a socialização, a memória e a autoconfiança ao criar enredos próprios.
Entre 6 e 9 anos: jogos, regras e desafios
As crianças dessa faixa etária começam a se interessar por regras e desafios. É uma ótima fase para introduzir jogos que exigem atenção e estratégia.
- Sugestões: jogos de tabuleiro, quebra-cabeças, brinquedos de construção, trens elétricos, kits científicos, materiais de arte (argila, tintas, lápis de cor), bicicletas, patins e patinetes.
- O que observar: combine opções que incentivem tanto atividades físicas quanto intelectuais, equilibrando movimento e concentração.
- Benefícios: ajudam na socialização, ensinam a lidar com regras, fortalecem habilidades cognitivas e físicas e despertam o gosto por novas descobertas.
Dos 9 aos 12 anos: hobbies e atividades mais complexas
Nessa idade, os interesses ficam mais específicos e as crianças começam a mergulhar em hobbies e atividades mais complexas.
- Sugestões: kits de química, experimentos científicos, jogos de mágica, modelismo, videogames, esportes, teatro e artes plásticas.
- O que observar: prefira brinquedos que tragam desafios progressivos, acompanhando o amadurecimento da criança, bem como estimulando a persistência.
- Benefícios: desenvolvem o raciocínio estratégico, o senso de responsabilidade, a criatividade e a cooperação, preparando o terreno para interesses mais duradouros.
Adolescentes: quando os interesses se aproximam do mundo adulto
A partir dos 12 anos, os jovens já compartilham muitos interesses com os adultos. A tecnologia e os jogos eletrônicos ganham força, mas ainda é possível investir em brinquedos e atividades que estimulem a imaginação e o convívio social.
- Sugestões: videogames mais complexos, jogos de tabuleiro modernos, miniaturas colecionáveis, esportes, teatro, música e artes visuais.
- O que observar: respeite as preferências individuais, entendendo que o brinquedo pode ser tanto uma ferramenta de lazer quanto uma forma de expressão pessoal.
- Benefícios: estimulam a identidade, a criatividade, o pensamento crítico e ajudam a fortalecer laços sociais dentro e fora da família.
Como acertar na escolha e garantir segurança no Dia das Crianças
- Verifique a faixa etária indicada na embalagem: essa é a forma mais simples de evitar riscos.
- Prefira brinquedos certificados pelo Inmetro: o selo garante que o produto passou por testes de segurança.
- Considere a personalidade da criança: algumas preferem atividades físicas, outras gostam mais de artes ou desafios lógicos.
- Invista em brinquedos duráveis: produtos de qualidade acompanham a criança por mais tempo e evitam desperdício.
- Equilibre diversão e aprendizado: o ideal é que o brinquedo seja divertido, mas também agregue algo positivo ao desenvolvimento.
Brincar também é momento de aprender e crescer
Em resumo, escolher o brinquedo ideal por faixa etária é mais do que acertar no presente: é garantir momentos de alegria, estimular habilidades e contribuir para o crescimento saudável das crianças.
Portanto, na hora de comprar, pense além da diversão imediata. Um brinquedo adequado pode se transformar em lembrança afetiva, em aprendizado e até em um marco importante no desenvolvimento da criança. Afinal, brincar é coisa séria!
Agora conta pra gente: qual é o brinquedo que mais faz sucesso entre as crianças do seu convívio? Compartilhe sua experiência conosco nos comentários!
* Com informações do Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia.
** Confira também aqui no blog o post Ócio na infância: entenda por que é importante que as crianças tenham algum tempo livre.