Calvície masculina tem tratamento? Saiba por que acontece a queda de cabelo e como tratar

homem com falha de cabelo no topo da cabeça sinal de calvície masculina

A calvície masculina ainda é um assunto que mexe com a autoestima de muitos homens. Não é à toa: perder cabelo pode causar desconforto, insegurança e, em alguns casos, até interferir em relacionamentos e na vida profissional. 

O problema tem origem genética na maioria dos casos, mas outros fatores também entram em cena, como alterações hormonais, estresse, doenças autoimunes e até má alimentação.

Apesar de não existir uma cura definitiva, hoje já existem vários tratamentos que ajudam a desacelerar ou até mesmo reverter o processo de queda. Neste post, vamos explicar o que é a calvície masculina, quais são os tipos mais comuns, por que ela acontece e quais são as melhores formas de lidar com ela. Acompanhe conosco!

O que é a calvície masculina?

A calvície, também chamada de alopecia androgenética, é a forma mais comum de queda de cabelos entre os homens. Ela costuma seguir um padrão bastante conhecido: começa pelas famosas “entradas” e pela parte superior da cabeça (coroa), podendo avançar com o tempo e afetar uma área maior do couro cabeludo.

Esse tipo de queda é geneticamente determinada, ou seja, se há casos na família, é mais provável que o homem também desenvolva o problema. 

E por mais que o nome alopecia androgenética esteja ligado ao hormônio masculino, ou seja, à testosterona, os níveis desse hormônio costumam estar normais nos exames.

Entenda o ciclo natural do cabelo

Antes de entender por que os fios caem, é legal entender como funciona o crescimento capilar. 

Cada fio de cabelo nasce de um folículo piloso, localizado abaixo da pele. Esse fio cresce cerca de 1 centímetro por mês, e esse processo pode durar entre 4 a 7 anos, dependendo da genética e de outros fatores.

Depois disso, o fio entra em uma fase de repouso, para então cair naturalmente e dar lugar a um novo fio. Perder cerca de 50 a 100 fios por dia é considerado normal. O problema é quando a quantidade perdida é maior do que a que nasce novamente, e aí começa a ficar perceptível o afinamento ou as falhas na cobertura capilar.

Quais são os tipos de calvície masculina?

Embora a alopecia androgenética seja a mais conhecida, existem outras formas de queda de cabelo que também afetam os homens. Conheça cada uma delas:

Alopecia androgenética

Como falamos, é o tipo mais comum, com forte influência genética. Afeta mais de 50% dos homens acima dos 50 anos e pode começar já na adolescência. 

O afinamento dos fios começa na parte frontal do couro cabeludo e vai avançando com o tempo. O processo de miniaturização, quando os fios ficam mais curtos, finos e menos pigmentados, é típico dessa condição.

Alopecia areata

Neste caso, a queda acontece de forma súbita e localizada. Surgem falhas arredondadas no couro cabeludo, como se pequenos círculos de cabelo tivessem sido arrancados. Ainda não se sabe exatamente o que causa essa condição, mas acredita-se que ela tenha ligação com doenças autoimunes, estresse intenso ou desequilíbrios no sistema imunológico.

Alopecia difusa (eflúvio telógeno)

Aqui, os fios caem de forma generalizada, sem seguir um padrão específico. Isso acontece quando o ciclo do cabelo é interrompido precocemente. É comum após cirurgias, febres altas, dietas restritivas, uso de certos medicamentos ou em situações de estresse extremo.

Alopecia total

É quando há perda total dos fios de cabelo. Pode ser decorrente de fatores genéticos, doenças autoimunes ou distúrbios emocionais muito intensos. É um tipo mais raro, mas que exige atenção médica especializada.

Calvície cicatricial

Acontece quando o couro cabeludo sofre lesões, como cortes profundos, queimaduras ou doenças de pele, que danificam de forma definitiva os folículos capilares. Nesses casos, os fios não voltam a crescer na região afetada.

O que causa a calvície?

A principal vilã da calvície androgenética é a di-hidrotestosterona (DHT), uma variação da testosterona. Em pessoas geneticamente predispostas, a DHT se liga aos folículos e os enfraquece com o tempo. Os fios nascem cada vez mais finos até pararem de crescer completamente.

Além da questão genética, alguns fatores podem acelerar ou piorar a situação:

  • Estresse e ansiedade
  • Alimentação pobre em nutrientes
  • Distúrbios hormonais
  • Doenças autoimunes
  • Uso de medicamentos
  • Excesso de suplementação hormonal (como anabolizantes)

Como saber se estou ficando calvo?

O sinal mais evidente é o afinamento progressivo dos fios, especialmente nas regiões frontais e no topo da cabeça. É comum notar, por exemplo, que o cabelo já não cobre o couro cabeludo como antes.

Pode levar algum tempo até que a perda seja visível, mas, quanto antes houver a detecção, melhor é a resposta ao tratamento.

A calvície masculina tem tratamento?

Infelizmente, não existe cura definitiva para a calvície masculina. No entanto, isso não significa que nada possa ser feito

Com o acompanhamento médico adequado, é possível retardar o avanço da queda e, em alguns casos, recuperar parte dos fios perdidos. Afinal, o tratamento vai depender do tipo de calvície, da causa e do grau de avanço. Veja as opções mais comuns:

1) Medicamentos orais e tópicos

Existem tratamentos tópicos e orais que podem estimular o crescimento dos fios, melhorar a circulação no couro cabeludo e reduzir a ação hormonal que favorece a queda. 

Esses medicamentos atuam diretamente nos folículos capilares, fortalecendo os fios e ajudando a prolongar seu ciclo de vida.

2) Tratamentos com luzes (LED ou laser)

Esses tratamentos ajudam a estimular os folículos e melhorar a oxigenação da área, o que pode fortalecer os fios.

3) Transplante capilar

É indicado para casos mais avançados, onde já há falhas visíveis e permanentes. A técnica consiste em retirar fios da parte de trás da cabeça (onde geralmente os fios não caem) e implantá-los nas áreas calvas.

O que não fazer: automedicação

A vontade de resolver o problema rápido faz muita gente buscar soluções milagrosas, mas automedicação nunca é uma boa ideia. Muitos medicamentos, por exemplo, têm efeitos colaterais que devem ter acompanhamento de um médico. O ideal é sempre procurar um dermatologista, que vai avaliar cada caso individualmente e indicar o tratamento mais seguro e eficaz.

A calvície masculina pode ser evitada?

A calvície androgenética é um problema genético, portanto não pode ser evitada totalmente. Porém, dá para adiar ou minimizar seus efeitos com a adoção de hábitos saudáveis, alimentação equilibrada e acompanhamento médico. Evitar o uso de anabolizantes e manter o estresse sob controle também ajudam.

Exames genéticos podem apontar a predisposição, mas mesmo sem eles, quem tem histórico familiar deve ficar atento desde cedo e, se notar sinais de afinamento dos fios, buscar orientação médica.

A calvície masculina não é frescura, nem falta de cuidado: é uma condição real, com causas bem estabelecidas e tratamentos eficazes. O mais importante é buscar orientação profissional logo nos primeiros sinais de queda. Quanto antes o tratamento for iniciado, maiores são as chances de preservar os fios.

E você, como lida com a calvície masculina? Já percebeu algum afinamento dos fios ou tem observado alguma queda acentuada? Se sim, com que idade esse processo começou? Compartilhe sua experiência conosco nos comentários!


* Com informações do Hospital Albert Einstein, Sociedade Brasileira de Dermatologia e UOL.

** Confira também aqui no blog o post Você sabe qual é o gel de cabelo ideal para os seus fios?.

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