Mamografia: quando fazer e por que o exame é fundamental na prevenção do câncer de mama?

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Você sabe a importância da mamografia e quando deve realizá-la? Apesar de ser o principal exame para detectar precocemente o câncer de mama, muitas mulheres ainda deixam de fazê-lo, seja por falta de informação, medo ou até mesmo por não receberem a recomendação médica.

Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) mostrou que 42% das mulheres nunca fizeram uma mamografia, e apenas dois terços das entrevistadas realizam exames preventivos quando orientadas pelos médicos.

Os dados também mostram que muitas mulheres acreditam que são jovens demais para o exame, mesmo que ele seja recomendado a partir dos 40 anos, ou antes, em casos de alto risco. Além disso, especialistas apontam que o diagnóstico tardio é um dos principais desafios no combate ao câncer de mama no Brasil.

Aproveitamos o Dia Nacional da Mamografia, celebrado em 5 de fevereiro, para reforçar o alerta e falar sobre a importância do exame, quem deve realizá-lo e como essa iniciativa pode fazer a diferença na prevenção e no tratamento do câncer de mama!

Quando fazer a mamografia?

A mamografia é um exame essencial para detectar precocemente o câncer de mama. A recomendação geral é que mulheres a partir dos 40 anos façam o exame anualmente, seguindo a orientação da Sociedade Brasileira de Mastologia. Já o Ministério da Saúde sugere que mulheres entre 50 e 69 anos realizem a mamografia a cada dois anos.

Antes dos 40 anos, o exame pode ser solicitado em casos específicos, como histórico familiar de câncer de mama ou quando há suspeita de alguma alteração, como nódulos palpáveis. Nessas situações, a necessidade do exame deve ser avaliada pelo médico.

Para mulheres com mamas muito densas, pode ser necessário complementar a mamografia com outros exames, como o ultrassom, garantindo assim uma avaliação mais completa.

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Quando o exame é recomendado antes dos 40 anos?

Em algumas situações, a mamografia pode ser recomendada mais cedo, especialmente para mulheres com maior risco de desenvolver câncer de mama. Nesses casos, a orientação é iniciar o exame a partir dos 35 anos e mantê-lo anualmente. Os principais fatores de risco incluem:

  • Histórico familiar precoce: quando mãe, irmã ou filha tiveram câncer de mama antes dos 50 anos.
  • Casos na família de câncer de ovário ou câncer de mama bilateral: independente da idade do diagnóstico.
  • Parentes do sexo masculino com câncer de mama: ainda que raro, esse fator aumenta o risco na família.
  • Diagnóstico prévio de alterações mamárias: como lesões proliferativas com atipia ou neoplasia lobular in situ.

Como é realizada a mamografia?

Durante o exame, a mama é posicionada sobre uma placa de acrílico e uma segunda placa pressiona levemente para deixá-la mais uniforme. Essa compressão é essencial para identificar possíveis alterações que poderiam passar despercebidas e também para evitar imagens enganosas causadas pela sobreposição do tecido mamário.

O procedimento dura apenas alguns segundos e pode causar um leve desconforto, mas é um passo fundamental para garantir um diagnóstico mais preciso. Afinal, a mamografia é a principal ferramenta para detectar o câncer de mama ainda no início, aumentando as chances de um tratamento eficaz.

Dói realizar a mamografia?

A mamografia não é um exame invasivo e tem indicação inclusive para quem tem próteses de silicone. É fato que algumas mulheres sentem um certo incômodo porque o equipamento precisa comprimir a mama para garantir imagens mais nítidas. 

No entanto, a percepção da dor varia de pessoa para pessoa, enquanto algumas mulheres sentem um leve desconforto, outras realizam o exame sem maiores perturbações.

Para quem tem maior sensibilidade, uma dica é evitar marcar a mamografia nos dias que antecedem a menstruação, quando os seios costumam ficar mais doloridos. O ideal é fazer o exame logo após o período menstrual, quando a sensibilidade costuma ser menor.

O exame pode causar câncer de tireoide?

Muita gente já ouviu falar que é preciso usar protetor de tireoide durante a mamografia, mas isso não passa de um mito. Esse boato surgiu por causa de informações falsas que circulam pela internet.

Na realidade, a quantidade de radiação usada no exame é muito baixa e não oferece riscos para a tireoide. O Colégio Brasileiro de Radiologia garante que não há necessidade do protetor, pois a mamografia é um procedimento seguro.

O que acontece após a mamografia?

O exame é realizado por um técnico em radiologia especializado, que captura as imagens das mamas. Em seguida, um médico radiologista irá analisar essas imagens para identificar possíveis alterações. Quando feito corretamente, a mamografia é uma ferramenta fundamental para detectar até mesmo alterações muito pequenas.

Embora a mamografia seja o exame mais eficaz para identificar alterações nas mamas, apenas uma biópsia pode confirmar se a lesão é benigna ou maligna. 

O laudo do exame acompanha as imagens e geralmente inclui a classificação BI-RADS, que varia de 0 a 6. Cada número dessa escala sugere uma conduta específica. Se o laudo indicar BI-RADS 4 ou 5, há recomendação de biópsia para investigar as lesões com mais precisão.

Homens precisam fazer a mamografia?

Embora o câncer de mama em pessoas do sexo masculino seja raro, a mamografia pode ser indicada caso o homem perceba algum sinal, como um caroço na mama, secreção, inchaço perto do mamilo ou dor em apenas uma das mamas. Nesses casos, o exame ajuda a investigar possíveis alterações.

Em resumo, para garantir a detecção precoce do câncer de mama, é fundamental seguir as orientações de rastreamento e fazer o exame de mamografia. Nesse sentido, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atenção integral à prevenção e ao tratamento, disponibilizando a realização gratuita da mamografia.

E então, ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Quer compartilhar alguma experiência sobre o tema? Conta pra gente nos comentários! 


* Com informações da Agência Brasil e do Ministério da Saúde.

** Confira também aqui no blog o post Outubro Rosa: conheça 20 mitos e verdades sobre câncer de mama.

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